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Roma

Dia 1: Primeira impressão

 

Roma, a cidade eterna, o sonho de muitos, incluindo o meu! Nunca pensei que em pleno secundário, sem qualquer fonte de rendimento, conseguisse visitar Itália no entanto, mal essa oportunidade surgiu decidi agarrá-la em conjunto com alguns amigos. Foi na altura do meu aniversário, assim achei que este seria o presente ideal para oferecer a mim mesmo!

Por razões óbvias, a companhia aérea foi a Ryanair e o vôo de ida e volta ficou-nos por 68€, com todas as taxas já incluídas.

 

Aterramos numa antiga base militar, agora conhecido como o pequeno e modesto aeroporto lowcost de Ciampino, nos arredores de Roma. Para os tranfers usámos os autocarros da Cotral (por apenas 1,20€) até à estação de metro de Anagnina e o metro levou-nos a Roma Termini em cerca de 15 minutos por mais 1€. No metro de Roma paga-se sempre este valor, qualquer que seja o destino.

 

A caminho do nosso hostel, tinhamos como companhia a Basílica de Santa-Maria Maggiore, um local papal com uma beleza avassaladora, óptimo para nos abrir o apetite!

O primeiro impacto que tive sobre a capital italiana é que é extremamente movimentada (podera, vivem lá mais de 2,5 milhões de pessoas), o trânsito é caótico e onde as motorizadas, as famosas vespas, são as rainhas do asfalto.

 

 

Alojamento

 

Avaliação do Journey Book: ★ ★ ★

Decidimos ficar no Ivanhoe Hostel, uma vez que viajavamos com orçamento apertado, o nosso quarto tinha 6 camas mas como nós eramos 4 não haveriam grandes problemas (e não houveram). Ficava incrivelmente bem localizado, a cerca de 100 metros da estação de metro mais próxima e a 700 metros do Coliseu! Serviam ainda um bom pequeno-almoço mediante o pagamento de 2€. Contudo, o quarto era bastante pequeno para o número de pessoas e o WC era frio e mal equipado, estava constantemente molhado com água espalhada pelo chão.

Pagamos cerca de 37€ por duas noites.

 

 

Continuamos a nossa visita pela Piazza del Quirinale em direcção à famosa (e com o devido mérito) Fontana di Trevi, cuja lenda reza que se atirares uma moeda nas suas águas, um dia voltarás a Roma. Há quem peça desejos também, eu cá decidi tentar a minha sorte.

Outro marco obrigatório é o Panteão de Agripa, um monumento colossal com mais de 2000 anos que continua intacto e adornado por uma beleza estonteante. Não deixes de apreciar o óculo, um buraco na cúpula que ainda hoje continua a ser a maior construída sem utilização de betão armado.

 

Aproveita que estás perto e deixa que o mapa te leve à Piazza Navona, uma grande praça conhecida pelas suas três magníficas fontes, sendo que a mais conhecida é a situadda no meio da praça, a Fontana dei Quattro Fiumi ou 'Fonte dos Quatro Rios' esculpida por Bernini e ostentada na sua parte superior com um dos muitos obeliscos egípcios espalhados por Roma.

Por entre as ruelas desta cidade não te admires com os inúmeros senhores que se esforçam por te fazerem entrar nos seus restaurantes, pelas senhoras de aspecto duvidoso que te querem ler a sina e pelos já famosos - e insistentes - vendedores de flores. No entanto, é todo este conjunto que garante a Roma o ambiente místico que me fez cair de amores por ela.

Resumo da Viagem

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Distância: 1770 km ~ 2h45

 

Transporte: Avião (Ryanair) 

 

Data: Janeiro de 2011

 

Duração: 3 dias

 

Alojamento: Hostel

 

Objectivo: Lazer e Cultura

 

Orçamento: 200€

Dia 2: Atirado aos leões

 

No segundo dia, levantamo-nos cedo para darmos início à visita aos pontos mais altos desta nossa viagem, o Coliseu e a Basílica de São Pedro.

 

Começamos é claro pelo omnipotente Colosseo, (e para evitar a confusão da missão ao domingo de manhã no Vaticano). Com o preço reduzido por sermos cidadão europeus entre os 18 e os 25 anos, conseguimos entrar por apenas 7,5€ cada, sendo que o preço normal é de 12€. O bilhete inclui o Forum Romanum e tem a duração de 2 dias, útil para quem visitar a cidade eterna com mais tempo.

A sensação de andar sobre um local tão icónico e grandioso como este é indiscritível e viajante que se preze tem que visitar o Coliseu nem que seja uma vez em toda a vida. 

Já o Forum Romanum será bem apreciado por qualquer entusiasta da história da Roma Antiga (como eu). Não deixem de visitar neste local os jardins da Domus Augustana e o antigo Senado. Por falar nisso, se por acaso a sigla S.P.Q.R. surgir muitas vezes quer dizer, em latim 'Senatus Populusque Romanus' que traduzido se transforma em 'O Senado e o Povo Romano'.

 

Entre trajectos, arranja um tempinho para visitar o Arco di Constantino, perto do Coliseu e o Monumento Nazionale a Vittorio Emanuele II próximo do Forum Romanum. Ambos de beleza singular e construídos em épocas completamente distintas.

 

Seguimos então para o Vaticano, prepara-te para passar por um detector de metais e caso seja Verão, não uses roupas consideradas impróprias por aquele local sagrado (ex. saias acima do joelho). Posto isto, estamos prontos para continuar a nossa visita à Basílica de São Pedro, um edifício que impõem o seu respeito pela sua composição harmoniosa e simultâneamente berrante com uma riqueza assustadora. Aqui, passa pelos túmulos papais e reserva o devido espaço para a Pietà e para a cúpula central de Michelangelo e para o baldaquino de Bernini. Aconselho a utilização de uma boa máquina fotográfica para tirar fotografias com qualidade sem flash no interior da basílica.

Não faças como eu e por favor visita os Museus Vaticanos seja por que preço for, é algo a não perder. Espero que a Fontana di Trevi faça o seu papel e me deixe regressar a Roma para completar esta grave lacuna.

Ainda no Vaticano, não deixes de tirar uma foto com a guarda suíça, cujo curioso uniforme é atribuído também a Michelangelo. No entanto, caso estejas interessada(o) nalgum dos rapazes, é meu dever informar-te que eles estão sobre voto de castidade. Contudo, nada te impede de testares a tua mais poderosa arma de sedução nestes senhores.

 

Se tiveres algum tempo, passa no peculiar Castel Sant'Angelo e respectiva ponte sobre o rio Tibre que serviu de inspiração a tantas semelhantes pela Europa fora, como as famosas pontes de Paris.

Dia 3: O adeus

 

Na manhã do nosso último dia na cidade eterna, visitamos a Piazza del Popolo, uma praça à escala de uma grande metrópole com mais um dos obeliscos roubados ao Egipto durante o período Romano e os jardins da Villa Borghese, um enorme parque repleto de relíquias que o transformam num verdadeiro museu a céu aberto.

 

Não percas também a Piazza di Spagna ou 'Praça de Espanha', com a sua escadaria monumental até à igreja de Trinità dei Monti e com mais uma fonte de Bernini. Para quem gosta de alta costura, esta zona garante satisfazer o seu (mais caro) desejo.

Com uma viagem de metro para o outro extremo da cidade, visitamos o Circo Máximo, antigo hipódromo romano e logo de seguida a igreja de Santa Maria in Cosmedin com a famosa Bocca dela Verità, tenham portanto cuidado com o que dizem enquanto têm a mão lá dentro.

 

Guarda também um espaço no teu programa para visitares o Campidoglio, redesenhado no Renascimento por Michelangelo e a igreja de Santa Maria in Aracoeli. 

Se te sobrar espaço durante a noite nalgum dos dias, visita a Isola Tiberina e os bares da Trastevere.

 

Alimentação

 

No quesito da gastronomia, Itália não deixa a desejar, sejam pizzas, pastas ou gelados, são todos um presente dos deuses! Há que ter cuidado no entanto com os preços, principalmente na escolha do restaurante, porque enquanto é possível comer uma fatia de pizza por uma pechincha (vendida ao peso), um prato de massa e um refrigerante podem valer uns 16€, uma vez que é acrescentado o preço do serviço à mesa (2,50€, um roubo!). Quanto aos gelados tenho que aconselhar a Giolitti, a confirmação de que a perfeição existe numa montra de sabores interminável e com um preço igualmente apetecível, até mesmo no Inverno.

Contudo, quando o orçamento apertar, não há que ter vergonha de recorrer ao tradicional McDonald's para saciar a fome.

Por fim, restou-me saborear um regresso a casa, com as pernas cansadas que muito andaram para ver tanto em tão pouco tempo mas sem nenhuma ponta de arrependimento, pelo contrário, com uma realização imensa. Deixei aquela cidade maravilhado com o seu ambiente boémio e com a certeza que nunca me poderia desapontar, não importa as vezes que a visitasse.

Um último conselho, o que deixei aqui foi apenas uma amostra do que este destino realmente é, visitar Roma em três dias é uma tarefa impossível, aconselho no mínimo uma visita de cinco dias de forma a disfrutar de tudo o que Roma tem para oferecer.

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